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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Droga da sociedade



As drogas destroem a vida da pessoa e de todos ao seu redor. Elas estão em todo lugar, na televisão, e na mídia em geral.


No Brasil a questão é dramática. Vivemos na falácia governamental e na hipocrisia social. Resultado da conjugação: somos grandes consumidores de drogas psicoativas.
Na verdade, no Brasil das incertezas, pelo menos na questão das drogas, temos um destino traçado: número crescente de usuários e dependentes químicos com penetração do tráfico de drogas nos três poderes da República.


O Estado, historicamente, negou que o Brasil fosse grande consumidor de drogas. Não precisa ter muita idade para lembrar das autoridades brasileiras falando que o país era somente "um corredor" de passagem para os Estados Unidos e para Europa.


Atualmente, o Brasil vive a época dos debates na questão da política antidrogas. Qual o modelo a seguir? O atual não é imposição imperialista americana? O melhor não seria o modelo da União Européia? E as determinações da ONU a respeito do assunto? Não precisa ser muito esperto para saber o que resulta de toda a discussão: inércia - marca registrada brasileira.


O Brasil não adota o modelo americano baseado na repressão. O Brasil não tem repressão. A fronteira brasileira é um queijo suíço, a polícia federal é diminuta, as polícias estaduais vivem em crise, o Ministério Público é insuficiente e o Poder Judiciário é de uma pobreza franciscana. Assim, há uma ilusão contagiante que o nosso modelo está errado, quando na verdade, não implementamos nada. Criticamos o que não realizamos no campo das drogas.


Aliás, não precisamos discutir modelos, pelo contrário, precisamos é de ação. É notório e incontroverso que qualquer política antidrogas deve estar baseada em três pilares: prevenção, repressão e tratamento de usuários e dependentes de drogas psicoativas.


Mudança legislativa e discursos doutrinários servem muito para ocupar a pauta da imprensa e vender livros, mas não diminui a penetração do tráfico de drogas na vida social brasileira. Hoje, infelizmente, não temos prevenção, repressão ou tratamento, mas continuamos discutindo.


Medidas práticas e urgentes poderiam ser tomadas em todos os campos. Por exemplo, a Polícia Federal e as Forças Armadas poderiam controlar as fronteiras. É evidente que as Forças Armadas não estão aptas para atuar como polícia judiciária ou preventiva, porém é de sua essência a proteção do nosso território. Aliás, o policiamento na fronteira não fere dispositivo constitucional ou desvirtua a sua natureza.


Quanto a prevenção, o primeiro passo é preparar as escolas para o trabalho, pois de modo geral não entraram na luta. O despreparo dos professores é mais um exemplo de que a lei, tão somente, e o falatório não servem para nada. Observe-se, que a muito tempo, a lei n.º 6.368/76 no seu artigo 5.º, caput, pregava a capacitação dos mestres, assim determinando:


"Nos programas dos cursos de formação de professores serão incluídos ensinamentos referentes a substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física, a fim de que possam ser transmitidos com observância dos seus princípios científicos." (grifamos).


Inobstante o texto legal, desafiamos que alguém apresente uma grade de curso superior que conste o estudo da droga e seu universo (droga-homem-sociedade). Acresça-se a indagação aos professores (municipais, estaduais e de curso superior) se tiveram a oportunidade de realizar um curso sobre a matéria. A resposta será negativa.


Assim, não adianta somente exigir dos professores e das escolas trabalho permanente de prevenção, pois não foram capacitados para o serviço. Desta forma, voltamos a repetir, o primeiro passo é agilizar o treinamento dos professores e do corpo diretivo, o resto, é sonho.


A situação do tratamento para os usuários e dependentes é complicadíssima, pois o problema está ligado ao caos da saúde pública brasileira. Quem não cuida de doenças simples não terá em pouco tempo, condições de tratar os usuários e dependentes com eficiência e dignidade. O que podem fazer as secretarias de saúde e conselhos de entorpecentes é aprimorar os cadastros das clínicas disponíveis, além de agilizar convênios com as clínicas particulares.


Agora, nenhuma política antidrogas funcionará no Brasil diante da permissividade concedida ao álcool. Até mesmo a repressão e o tratamento ficam comprometidos pela penetração da bebida alcoólica. Qualquer policial ou médico sabe que a raiz do problema está na tolerância com o álcool. Em suma, "os soldados lutam não acreditando na guerra".


O pior é querer fazer política de prevenção para jovens e crianças, satanizando a maconha e o crack, porém adorando o álcool em casa, no trabalho, na televisão, no rádio, nos estádios de futebol, etc.
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Por Webert Costa de Medeiros.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Drogas psicoativas legais

Parece existir uma solução para cada problema, para cada dificuldade que aparece na vida. Quer emagrecer? Inibidor de apetite. Não consegue dormir? Calmante. Problemas no trabalho ou na família? Antidepressivos. Em cápsulas ou em comprimidos, é bem fácil de se conseguir, apesar de são drogas psicoativas que podem comprometer o estado físico e mental do usuário.

Há um certo mito de que somente as drgoas ilícitas causam danos ao corpo humano. Mas não galera! Drogas legais também causam dependência química, tanto é que entram na lista dos órgãos internacionais de controle de narcotráfico.

Sexta-feira, depois do serviço, a turma do trabalho sai pra beber. Mas ninguém bebe apenas. Tem sempre um aperitivo e outro que acaba fazendo o gosto do grupo. E assim vai até de madrugada. No sábado tem um aniversário. Bolo, salgadinho, refrigerante, docinho... E lá se vai indo o regime da semana toda. No domingo ( já que o regime foi por água abaixo mesmo) tem aquele almoço de família com aquela lasanha super calorosa e um pudim de sobremesa pra fechar com chave de ouro. Aí, na segunda-feira bate aquele peso na consciência porque aquela roupa que você usou na semana passada já não seve mais porque eatá apertada. É nessa hora que o pessoal vai recorrer a remédios para emagrecer, que tiram o apetite. É por causa dessa vasta culinária brasileira é difícil se policiar e comer somente o que se satisfaz. Sempre se come muito mais do que se deveria. E é por isso que o Brasil está na lista de destaque da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE) no consumo de anfetamina, substância responsável pela inibição do apetite.

E adivinha? Os maiores consumidores desses remédios são as mulheres. É meninas, de acordo com pesquisas, nós comemos de 8 a 9 vezes mais que os homens. Será que é por que somos descontroladas assim como vemos um sapato lindíssimo na vitrine e não sossegamos enquanto não compramos? Talvez. Mas isso gera um outro problema: oconsumo de ansiolíticos, medicamentos que diminue a ansiedade; porque a anfetamina aumenta a atividade, diminue o sono e provoca ansiedade. ( Se não fosse por esse último até seria um medicamento perfeito né? A gente ia comer menos, dormir menos! Íamos ficar esbeltas e ainda íamos dar conta de estudar,trabalhar, sair... sem ficar com aquela cara de morta se escorando em qualquer cantinho pra dormir!!) rsrrsrrs brincadeira!

Apesar de ser proibido receitar conjuntamente anfetaminas e benzodiazepínicos (a categoria de tranqüilizantes de uso mais generalizado), o controle frouxo dos órgãos de fiscalização permite a usuários, médicos e farmácias burlarem a lei com facilidade. Basta que o médico ou o paciente providenciem duas receitas separadas. Isso vai causar um estrago enorme no organismo porque é como se pisasse no acelerador e no freio o tempo todo ao mesmo tempo, sem falar na dupla dependência, no coquetel químico. Um remédio vai puxando o outro. Começa com os diminuidores de apetite, passa para os laxantes, calmantes, antidepressivos... e só vai acabar quando você estiver sem cabelo.

O abuso de psicoativos é fenômeno mundial. O paciente espera que qualquer mal-estar tenha remédio; o médico muitas vezes passou por um programa educacional inadequado. Como resultado, é comum o consumo em dosagem excessiva e por tempo prolongado. As pessoa acham que os remédios vão superar qualquer insatisfação da vida. Qualquer tristeza é vista com depressão e não há remédio prescrito para curar tristeza. Têm-se que procurar outros ares, outros ambientes, procurar atividades que lhe dê prazer. Existe até um "remédio da felicidade", um atidepressivo fluoxetina. Ele funciona como um filtro de sensações por isso inibe o apetite e até o desejo sexual. Mas causa sonolência durante o dia e a pessoa não consegue dormir à noite.

Os usuários desse medicamentos deveriam ser alertados em relação à questão da dependência pois na sua maioria eles nem sabem e não associam os sintomas ao medicamento. Muias vezes o estágio de dependência do remédio já está tão avançado que o paciente passa a exigir receitas para o médico de forma agressiva e nervosa ou até simulam sintomas.

O que se deve prestar atenção é que isso não é só um problema de pessoas mais velhas. Cada vez mais os jovens estao procurando tratamentos desse nível. Geralmente entre eles há um atroca de informações sobre dosagens, combinaão de remédios com álcool, efeitos colaterais, maneiras de burlar o médico e de conseguir medicamentos sem receita.

Também não é para ficar pensando que as drogas psicoativas só trazem malefícios. O que só não pode é achar que a vida não tem problemas e quando aparece algum é hora de tomar um anti-depressivo ou um calmante para poder conseguir lhe dar com a situação.



http://www.secom.unb.br/unbcliping/cp050616-05.htm

POSTADO POR LUDMILLA

Cocaina

Pó branco, normalmente inalado (cheirado) ou diluído em água para ser injetado nas veias (administração intravenosa). Quase sempre vendida em pequenas quantidades (aproximadamente 1 grama), embrulhada em pedaços de plástico ou papel alumínio, conhecidos como papelote. Em doses reduzidas ocorre euforia, excitação, inquietação, confusão, apreensão, ansiedade, sensação de competência e habilidade, diminuição da fome e da sede. O tempo de duração destes efeitos é de uma a duas horas.

A cocaína é um alcalóide, substância com propriedades de base, extraído de uma planta originária da América do Sul e Central conhecida como Erytroxylon coca. Conhecida há cerca de sete mil anos entre os povos dos Andes, seu uso estava ligado à religiosidade, servindo ainda para combater a fadiga e a sensação de fome. Com a chegada dos conquistadores espanhóis foi levada para a Europa, onde se propagou seu consumo. Estes mesmos conquistadores disseminaram o uso da coca entre os índios escravizados, com o intuito de fazer-lhes trabalhar mais e comer menos. Masur e Carlini, em Drogas - Subsídios para uma discussão, assim referem-se a este período:

“O vinho de coca, uma preparação feita à base da planta, foi considerado durante muito tempo uma bebida reconstituinte e reconfortante, que dotava os apreciadores de novas energias. Foi um verdadeiro modismo, elegante mesmo, o uso desse vinho. As mais altas autoridades da Europa, príncipes e reis, primeiros-ministros, nobres, etc., eram os principais apreciadores. Houve até um papa que agraciou com uma medalha o principal fabricante desse vinho.”

“E das folhas da planta, o químico alemão A. Niemann conseguiu extrair a cocaína, sob forma pura. Agora o mundo dispunha não mais de um vinho ou chá (onde as quantidades de cocaína não eram grandes), mas de um pó branco, muito ativo. Novamente, a Europa se vê maravilhada com a descoberta. Um dos mais famosos adeptos da cocaína foi Sigmund Freud, o pai da psicanálise. Este ilustre médico participou das experiências mostrando que a cocaína era um anestésico local (isto é, tira a dor das mucosas, o que permitiu pela primeira vez um grande progresso na cirurgia dos olhos, por exemplo). Freud foi mais além! Ingerindo ele próprio cocaína, sentiu-se tomado de tal energia e vitalidade que passou a difundir seu uso entusiasticamente; escreveu artigos científicos sobre a cocaína, dizendo num deles que somente após passar a tomar cocaína é que ‘se sentiu verdadeiramente um médico’. Chegou a dizer ainda que a cocaína iria permitir esvaziar os asilos e combater a dependência da morfina, que gera um grave quadro de abstinência. Freud desistiu de usar e recomendar cocaína quando um íntimo amigo seu, dependente de morfina, ao tentar curar-se dessa dependência, acabou por apresentar uma psicose cocaínica que se somou à síndrome de abstinência da morfina.”

“A cocaína chegou a ser usada como medicamento até o início deste século, para vários males. (...) Houve surtos (‘epidemias’) de uso não médico (abuso) de cocaína, no passado, que foram muito comentados na ocasião, não sendo o Brasil exceção à regra.”

Em 1914, a cocaína ficou sujeita às mesmas leis que a morfina e a heroína, sendo classificada em termos legais juntamente com os narcóticos. Mesmo a Coca-cola, que era tida como uma bebida estimulante porque possuía cocaína em sua fórmula, substituiu-a por outros ingredientes.

Paulo Roberto Laste, Cláudia Ramos Rhoden e Helena Maria Tannhauser Barros, em Critérios diagnósticos de intoxicação por drogas de abuso, assim discorrem sobre os vários tipos de preparação de cocaína:

a) Folhas de coca: podem ser mascadas ou ingeridas, nas quais é adicionado carbonato de cálcio, o que permite uma liberação sustentada e lenta da droga pela mucosa bucal. Os níveis sanguíneos atingidos e o risco de dependência são baixos. No chá de cocaína, prática comum no Peru, há pouca quantidade do alcalóide. b) Pasta de coca: é fumada em mistura com maconha e tabaco, também conhecida como “basuco” na Colômbia. É um extrato bruto da folha de coca, preparado pela adição de solventes orgânicos, como querosene, gasolina ou metanol, combinados com ácido sulfúrico. Contém 60 a 80% de sulfato de cocaína, acrescido de alcalóide de coca, ecgonina, ácido benzóico, metanol, querosene, compostos alcalinos, ácido sulfúrico e algumas impurezas. c) Cloridrato de cocaína em pó: é cheirado ou injetado. Obtido pelo tratamento da pasta de coca com ácido clorídrico (rendimento de 98%). No mercado ilícito aparece com 12 a 75% de impurezas, após adição de contaminantes, como açúcar, anestésicos locais, anfetaminas, cafeína. d) Cocaína alcalóide: também conhecido como “rock” ou “crack” é fumado. O cloridrato de cocaína é convertido em alcalóide pelo tratamento com álcali (amônia ou bicarbonato de sódio) e éter; o produto extraído chama-se base livre. Difere do cloridrato de cocaína por não ser prontamente solúvel na membrana da mucosa nasal ou no sangue. Mas, como possui baixo ponto de vaporização, pode ser fumada, sendo que 84% se mantém após a combustão.

Além de causar dependência, a cocaína afeta o sistema nervoso central, reduzindo a capacidade intelectual e o desempenho profissional, causando ainda paranóia e depressão. Seu uso contínuo perfura o septo nasal, causando hemorragia, dores de cabeça, problemas pulmonares e cardíacos. Em quantidades maiores, podem ocorrer tonturas, náuseas, vômitos e tremores. Em alguns casos podem acontecer convulsões, por causa do aumento da temperatura. A overdose acontece por superdosagem, ou seja, o usuário utiliza-se de uma dose maior do que a habitual ou adquire cocaína mais “pura” do que normalmente consome. Neste último caso, apesar de fisicamente parecer a mesma quantidade, ele está utilizando várias vezes a quantidade pretendida. Na overdose, o usuário passa a ter taquicardia, que evolui para uma fibrilação ventricular e à morte.

Nos casos de superdosagem de cocaína, vale destacar para os profissionais da área os ensinamentos de Kaplan & Sadock, em Compêndio de Psiquiatria:

“Para uma superdosagem aguda de cocaína, o tratamento recomendado é a administração de oxigênio (sob pressão, se necessário) com a cabeça do paciente para baixo, na posição de Trendelenburg, relaxantes musculares, se necessários e, se houver convulsões, barbitúricos intravenosos de curta ação (25 a 50 mg de pentotal sódico) ou diazepam (5 a 10 mg). Para a ansiedade com hipertensão e taquicardia, 10 a 30 mg de diazepam intravenoso ou intramuscular podem constituir um procedimento útil. Uma alternativa para esta finalidade, que parece ser um antagonista específico dos efeitos simpato-miméticos da cocaína, é o bloqueador b-adrenérgico propranolol (Inderal), 1 mg injetado intravenosamente a cada minuto, por até 8 minutos. Entretanto, o propranolol não deve ser considerado uma proteção contra doses letais de cocaína ou como tratamento para superdosagens graves.”

O risco de se adquirir AIDS ou hepatite é bastante alto entre os usuários de cocaína injetável, tornando-os um grupo de alto risco para estas doenças. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica - Divisão DST/AIDS de São Paulo em 1995 demonstrou que entre os casos notificados da doença naquela cidade, 32,12% dos que contraíram o vírus eram usuários de drogas, seguidos pelos homossexuais (23,06%), heterossexuais (17,43%), bissexuais (9,9%), de mãe para filho (2,79%), transfusão de sangue (1,78%), hemofílicos (0,72%) e não identificados (12,2%).O ritual deste uso da droga muitas vezes inclui o compartilhamento de seringas, já que cuidados com a saúde não são uma constante entre os usuários, aliado ainda ao medo de passar por uma revista em uma batida policial e ser encontrado com material descartável no bolso. Pela lei de entorpecentes em vigor no país, distribuir seringa ao usuário de drogas injetáveis equivale a incentivar o consumo de tóxicos. Ainda assim, alguns médicos estão convencidos de que fornecer seringas é o modo mais eficaz de deter o avanço da AIDS.

Outra doença, até então rara, que têm aparecido muito nos últimos anos com o grande aumento do uso de cocaína entre dependentes com problemas nos músculos esqueléticos é a rabdomiólise, um processo irreversível de degeneração destes músculos.

Existem dúvidas se a cocaína desenvolve ou não tolerância no organismo, ou seja, se há ou não a necessidade de tomar doses cada vez maiores para que o usuário sinta os mesmos efeitos. Existem dúvidas ainda se a parada abrupta do uso continuado de cocaína leva a uma síndrome de abstinência, mas é certo que a fissura pela droga permanece durante algum tempo, variável de acordo com o paciente e o tempo de uso da droga. Além disto, observa-se neste primeiro período de abstinência muito sono, cansaço, aumento do apetite e depressão.

As misturas que se fazem nesta droga também são responsáveis por vários danos ao organismo de quem as consome. Além das já citadas (açúcar, anestésicos locais, anfetaminas e cafeína), podemos acrescentar pó de giz, talco, reidratantes para crianças, vapor de mercúrio (o pó branco que existe dentro das lâmpadas fluorescentes), vidro moído (para dar brilho ao pó), etc.

Alguns dos materiais que são utilizados no consumo da droga: pratos, espelhos, ou qualquer material com superfície dura e lisa (para colocar o pó, normalmente em carreiras); canudos de papel ou dinheiro, caneta esferográfica sem carga, ou qualquer outro tipo de tubo (utilizado para aspirar o pó, levando-o diretamente para dentro do nariz); giletes, cartões ou qualquer material duro e fino com formatos aproximados (para separar as carreiras); seringas; colheres com o cabo torto, sem cabo, pequenos copos ou qualquer outro tipo de material côncavo (para diluir a cocaína na água); cadarços, gravatas, cintos, etc. (com o objetivo de se fazer o torniquete para a aplicação intravenosa); entre outros.

Uma notícia promissora (e apenas isto, por enquanto) no combate aos problemas do consumo de cocaína veio do Instituto de Pesquisa Scripps, Califórnia, no final do ano passado. Utilizando ratos como cobaias, os cientistas deste Instituto desenvolveram uma substância que ao ser injetada no sangue, estimula o organismo a produzir anticorpos para combater a droga. A nova vacina impede o estado de euforia do usuário de cocaína ao combater as moléculas da droga quando elas ainda estão trafegando na corrente sanguínea. Os testes demonstraram que os níveis de cocaína encontrados no cérebro dos ratos imunizados eram 77% mais baixos que nos animais que não receberam a vacina. “Os anticorpos agem como uma esponja, absorvendo a droga e impedindo que ela chegue ao cérebro”, afirma Kim Janda, um dos divulgadores da vacina em artigo da revista Nature. Como a sensação de euforia é menor, os cientistas acreditam que o usuário perderá o estímulo para continuar utilizando a droga. A este respeito, o psiquiatra brasileiro Jorge Figueiredo explica que “a importância da vacina está no fato de tornar cada vez mais distante a lembrança eufórica dos efeitos psicoativos”. A solução do consumo desta droga ainda está longe. Não se sabe ainda os efeitos concretos que ela teria no tratamento dos dependentes, já que foi testada apenas em ratos de laboratório. Mas uma vantagem destaca-a dos remédios hoje utilizados no tratamento de usuários da droga: ela não tem efeitos colaterais. “Não devemos esquecer que a dependência de drogas é uma doença mental, para a qual não existem curas rápidas”, alerta o psiquiatra David Self, professor da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Por enquanto é apenas uma esperança. O que já é uma grande coisa.

Por Camila Dourado.

A dependência!

Dependência

Quando se precisa de tais meios artificiais, significa que há algo errado consigo mesmo ou nas relações com os outros. Recorrer a produtos químicos continuadamente apresenta-se então como uma saída possível, como se elas fossem uma "poção mágica" contendo a "solução". Na falta do produto ao qual a pessoa se acostumou, ela é invadida por sensações ou "sintomas" penosos, indo de nervosismo, inquietação ou ansiedade ao impulso de obtê-lo de novo, a qualquer custo. Este estado chama-se dependência. O dependente de drogas deve ser considerado como um doente. Este necessita de ajuda e tratamento para entender as razões de seu abuso e iniciar sua reinserção social.
Distingue-se a dependência física da dependência psíquica.

Dependência física


A dependência física ocorre quando o organismo acostuma-se à presença do produto, sendo que a sua falta provoca
os sintomas da síndrome de abstinência (p.ex. delirium tremens, no alcoolismo). Enquadram-se produtos como o
álcool, a nicotina, os produtos derivados do ópio.

Dependência psíquica ou vício


A dependência psíquica instala-se quando a pessoa se acostuma a viver sob os efeitos de um produto psicoativo.
Ela é dominada então por um impulso, quase incontrolável, de se administrar a droga com freqüência, para não experimentar o mal-estar da falta, conhecido como "fissura".
Significa, portanto, o apego da pessoa àquele estado de bem-estar.
Diante da complexidade de diferenciar os dois tipos, a OMS recomenda hoje falar apenas dependência, caracterizada (ou não) pela síndrome de abstinência .
Escalada

Chama-se escalada a passagem de um consumo ocasional a um uso intenso ou contínuo (escalada quantitativa), ou ainda a mudança de um uso de produtos "leves" para outros considerados "pesados " (escalada qualitativa). É importante assinalar que o produto psicoativo pode criar dependência, em função do modo de usar, do contexto e da personalidade.
Assim, a evolução para a escalada não é nem automática nem irreversível.


Tolerância

Fala-se de tolerância quando o organismo reage à presença de uma substância psicoativa através de um processo de adaptação biológica. Ele o incorpora em seu funcionamento de modo a responder cada vez menos ao produto.
Logo, para obter os mesmos efeitos, é necessário aumentar a dosagem. Esta elevação, comparável à escalada quantitativa, aumenta os riscos de uma superdosagem ("overdose"), capaz de provocar morte súbita por parada respiratória ou cardíaca, como no abuso da cocaína, por exemplo.

Aspectos Relevantes da Questão das Drogas

Drogas

Aspectos Relevantes da Questão das Drogas

Conceito

Em todas as sociedades sempre existiram "drogas". Entendem-se assim produtos químicos ("psicotrópicos"ou"psicoativos"), de origem natural ou de laboratório, que produzem efeitos, sentidos como prazeirosos, sobre o sistema nervoso central. Estes efeitos resultam em alterações na mente, no corpo e na conduta.
Na verdade, os homens sempre tentaram modificar o humor, as percepções e sensações por meio de susbstâncias psicoativas, com finalidades religiosas ou culturais, curativas, relaxantes ou simplesmente prazeirosas.
Estudos têm demonstrado diferentes motivações para o uso de drogas: alívio da dor, busca de prazer e busca da transcedência são razões encontradas nos diversos grupos sociais ao longo da história.
Antigamente, tais usos fizeram parte de hábitos sociais e ajudaram a integrar as pessoas na comunidade, através de cerimônias, rituais e festividades. Hoje, tais costumes são esvaziados em conseqüência das grandes mudanças sócioeconômicas.
Características da modernidade, como a alta concentração urbana ou o poder dos meios de comunicação, modificaram profundamente as interações sociais. No decorrer desse processo o uso de drogas vem se intensificando.
Produtos antigos ou recentes, legais ou ilegais, conheceram novas formas de fabricação e comercialização, indo ao encontro de novas motivações e novas formas de procura. Hoje, diante da diversidade de produtos, é fundamental o conhecimento do padrão de consumo e efeitos das substâncias psicoativas, já que o uso e abuso de drogas representa uma questão social complexa.
Os fatores de risco para uso ou abuso de drogas
Quanto aos fatores de risco relacionados ao abuso de drogas, eles são maiores para certas pessoas, em função das suas condições de vida.
Assim, são mais inclinadas ao uso as pessoas:
· sem informações adequadas sobre drogas e seus efeitos;
· com uma saúde deficiente;
· insatisfeitas com sua qualidade de vida;
· com problemas psicológicos que possam torná-las vulneráveis ao abuso de drogas;
· com fácil acesso a drogas.
Problemas relacionados ao uso de drogas surgem, de fato, de um encontro entre três fatores básicos. Operando juntos, eles provocam as rupturas acima mencionadas que podem levar à dependência. São eles:

· droga, o "produto" e seus efeitos;
· a pessoa, a personalidade e seus problemas pessoais;
· a sociedade, o contexto sócio-cultural e econômico, suas pressões e contradições.
O consumo de drogas não se deixa dissociar da procura de prazer: pode tornar-se problemático precisamente por ser prazeiroso. Este prazer pode resultar de sensações de bem-estar, ou euforia ("barato"), de força, poder, leveza ou serenidade, ou ainda, da ausência de dor ou de memória.
A procura de bem-estar e prazer é natural, fazendo parte da vida de todos; o problema consiste em querer buscá-los usando drogas.

Por Camila Dourado.


Ópio



Papoula, matéria prima do opio.

O ópio é um suco espesso extraído dos frutos imaturos de várias espécies de papoulas soníferas, utilizado como narcótico. Planta essa que cresce naturalmente na Ásia, sendo originária do Mediterrâneo e Oriente Médio.


O ópio tem um cheiro característico, que é desagradável, sabor amargo e cor castanha. É utilizado pela medicina como analgésico.

Os principais alcalóides do ópio são: a morfina, a codeína, a tebaína, a papaverina, a narcotina e a narceína.

O cultivo da planta é legal, serve de fonte de matéria-prima em laboratórios farmacêuticos. Porém, grande parte das plantações é ilegal, sua produção é destinada ao comércio clandestino de ópio e heroína. No mercado ilegal o ópio é vendido em barras ou reduzido a pó e embalado em cápsulas ou comprimidos.

O uso do ópio foi espalhado no Oriente, mascado ou fumado. Esse provoca euforia, dependência física, seguida de decadência física e intelectual. Os efeitos físicos decorrentes da utilização do ópio são: náuseas, vômitos, ansiedade, tonturas e falta de ar. O efeito dura de três a quatro horas.

O ópio provoca dependência no organismo. O dependente fica magro, com a cor amarela e tem sua resistência às infecções diminuída.

Devido a grave dependência que o ópio causa, o usuário pode morrer em razão da síndrome de abstinência. A crise de abstinência inicia-se dentro de doze horas, aproximadamente, apresenta-se de várias formas, ocorrendo desde bocejos até diarréias, passando por rinorréia, lacrimação, suores, falta de apetite, pele com arrepios, tremores, câimbras abdominais, insônia, inquietação e vômitos.

Por Camila Dourado!

Papoila-dormideira

O nome cientifico de papoila dormideira (papoula) é Papaver somniferum, da familia Papaveraceae. É uma planta existente nas zonas do Médio e Extremo Oriente e, também em algumas zonas (territórios) americanos.

Têm sido identificadas algumas plantações em Portugal como no Alentejo e no Algarve na zona do Barrocal.

Esta planta pertence ao mesmo género da papoila-da-Islândia, entre outras cento e vinte espécies.

Da sua polpa extrai-se um conjunto de substâncias utilizadas desde antiguidade como analgésico, ou seja, o ópio. As sementes são usadas como condimentos, e diz-se serem afrodisíacas.